Leilões de arroz serão feitos em lotes de 30 mil toneladas

Estoque público do cereal soma 545 mil toneladas, remanescentes das últimas seis safrasO governo federal anunciou, na quinta, dia 11, em reunião do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da cadeia produtiva do arroz, em Brasília (DF), que a disponibilização de arroz dos estoques públicos será parcial e fragmentada em volumes de 30 mil toneladas nos leilões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O objetivo é interferir o mínimo possível no mercado.

Segundo a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), o estoque público soma 545 mil toneladas de arroz em casca, remanescente das últimas seis safras. É o menor da década e uma das razões dos preços médios aos produtores manterem-se estáveis. Os técnicos do governo federal afirmaram que o Mapa agirá com cautela, pois tem o interesse de que a indústria brasileira absorva o volume disponibilizado ao invés de comprar matéria-prima fora do país.

O presidente da Federarroz, Henrique Osório Dornelles, afirma que o Preço de Liberação de Estoques (PLE), em R$ 33,48 por saca de 50 quilos (58×10), é referencial, mas não quer dizer que a cotações no mercado livre, atualmente em torno de R$ 36,00 no RS, devam cair a este patamar.

– Até mesmo em razão da pequena oferta de cada leilão – aponta.

O primeiro leilão desta temporada está previsto para o próximo dia 25 de setembro, ofertando 30 mil toneladas de arroz em casca depositado no Rio Grande do Sul. A segunda operação em bolsa acontecerá em 9 de outubro, também de 30 mil toneladas.

O governo federal e cadeia produtiva agendaram a avaliação da primeira oferta para o dia 26 de setembro, com o objetivo de ajustar as estratégias futuras. Um calendário prévio com os leilões nos dias 25 de setembro, 9 e 23 de outubro, 6 e 20 de novembro e 4 de dezembro foi divulgado.

Leia mais:

Ministério da Agricultura anuncia apoio a produtores de algodão, trigo e laranja