Foram realizados dois tipos de leilão, um para venda de energia assegurada, chamado Leilão de Fontes Alternativas, e outro para energia de reserva, com regras menos estritas para a entrega da geração. No primeiro, encerrado no final da tarde, o Rio Grande do Sul emplacou 225 megawatts novos em potência instalada e garantiu o terceiro lugar entre os Estados com maior número de projetos concretizados, furando o bloqueio do Nordeste. Um deságio de 19,6% sobre o preço limite fixado estabeleceu o preço médio dessa disputa em R$ 134,23 por megawatt hora.
Um dos novos empreendedores em eólica é a Oleoplan, do empresário Irineu Boff. Satisfeito por ter emplacado 10 MW em Viamão nessa etapa, Boff afirmou que ainda tentaria incluir novos módulos do projeto total de 100 MW na etapa de reserva. Na avaliação de Afonso Aguilar, diretor Sul da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o resultado para o segmento foi muito positivo:
? Quanto mais leilões tivermos, maior será a competitividade dos projetos e mais energia limpa teremos no sistema.
Investimentos dependem da venda de energia
Aguilar advertiu, porém, que, com o aumento do interesse nesse tipo de empreendimento, muitos desenvolvedores chegam a cidades gaúchas prometendo investimentos:
? É bom lembrar que o projeto só vai se realizar se cumprir essa etapa, ou seja, vender energia dentro do sistema regulado.
Ainda não há confirmação dos locais de instalação dos parques Cassino e Atlântica, embora o primeiro deva ser em Rio Grande. Os empreendedores, conforme fontes do setor, seriam grupos financeiros espanhóis e empresários gaúchos.