> Leia o levantamento da safra de grãos do IBGE, também divulgado nesta quinta
De acordo com a Conab, a produção terá uma redução de 3,5% ou de 5,770 milhões de toneladas, se comparada ao período anterior, quando chegou a 162,958 milhões de toneladas.
Em comparação com o levantamento realizado no mês passado, houve um recuo das estimativas de 0,88% ou 1,379 milhão de toneladas a menos. A queda é atribuída a fatores climáticos adversos, como a seca que atingiu principalmente a região Sul.
Milho e soja, culturas de maior peso na produção, chegam a 83% de toda a safra, com um volume de 130,059 milhões de toneladas. A soja deve cair 8,1%, ficando em 69,229 milhões de toneladas.
No caso do milho, deve haver crescimento de 6%, considerando a safra total, estimada em 60,831 milhões de toneladas. Para o milho segunda safra, a estimativa é de 25,786 milhões de toneladas, 20% maior que o colhido no período passado, que registrou 21,288 milhões de toneladas. A produtividade deve chegar a 13,854 quilos por hectare, com crescimento de 5,7%, baseado principalmente no ganho tecnológico.
> Leia matéria completa sobre a estimativa de produção do milho
Expansão do cultivo
A área cultivada na safra 2011/2012 deve ficar em torno dos 50,661 milhões de hectares, com um crescimento de 3,3% sobre os 49,919 milhões de hectares da última safra. A ampliação se deve ao incremento do milho primeira safra (9%) e segunda safra (13%) e à soja (2,4).
Por outro lado, o arroz teve redução de área, devendo perder 257,6 mil hectares ou 9,1% em relação ao cultivo anterior, quando chegou a 2,820 milhões de hectares. A queda maior atinge o Rio Grande do Sul, que deixa de cultivar 118,6 mil hectares. A estimativa para a produção passou para 11,17 milhões de toneladas. O volume é 18% menor que as 13,613 milhões de toneladas colhidas na temporada 2010/11.
O feijão primeira safra também teve queda. Em relação ao cultivo anterior de 1,420 milhão de hectares, houve uma redução de 149,9 mil hectares. O maior produtor nacional, o Paraná, deixou de cultivar 98,1 mil hectares em comparação à safra anterior, quando semeou 344,1 mil hectares. O feijão segunda safra começou a ser semeado a partir do final de janeiro.
No caso da região Nordeste, o levantamento considerou apenas o oeste da Bahia, o sul do Maranhão e o sul do Piauí. Para a região Norte, foram considerados somente os estados do Tocantins e de Rondônia. As demais regiões mantiveram as áreas da safra anterior, uma vez que o plantio só é feito após o início das chuvas.
A pesquisa foi realizada por cerca de 60 técnicos, entre os dias 16 e 20 de janeiro, após visitação a órgãos públicos e privados ligados à produção agrícola em todos os estados produtores.