O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, disse nesta quarta-feira (23), durante uma audiência na Comissão de Meio Ambiente do Senado, que o órgão não suspendeu nenhuma licença de caça ao javali.
Agostinho foi questionado sobre o assunto pelo senador Jorge Seif (PL-SC), ex-secretário nacional de Pesca e Aquicultura, entre 2019 e 2022, no governo de Jair Bolsonaro.
Segundo Seif, o Ibama tem impedido a caça.
Rodrigo Agostinho explicou que a atribuição de autorizar a caça não pertence ao órgão ambiental, mas ao Exército Brasileiro, desde 21 de julho deste ano, por efeitos do Decreto 11.615/2023, que tornou mais restritas as regras para registro, posse e porte de armas de fogo.
Javali é problema para o agronegócio
“O javali é um problema, uma espécie híbrida, está espalhado por diversos estados brasileiros. As autorizações [de caça] vigentes continuam mantidas. Não cassamos as autorizações anteriores, mas […] o decreto 11.615, de 21 de julho 2023 passou as autorizações para o Exército Brasileiro. Estamos em tratativas para que a gente possa resolver essa questão”, disse Rodrigo Agostinho.
Na avaliação de Agostinho, o javali é um problema para o agronegócio brasileiro.
“Na minha opinião, se a agricultura brasileira realmente quiser controlar a praga, apenas a caça não é uma solução. Em diferentes países, a experiência com armadilhas para capturar o grupo foi muito bem sucedida. Tudo isso será discutido em um novo plano de manejo”, afirma.
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