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Lideranças do agronegócio discutem posicionamento do setor na Rio Mais 20

Grupo de trabalho elabora documento com exemplos positivos em relação à preservação ambiental para apresentar na conferênciaO governo federal trabalha na preparação para conferência Rio Mais 20, que será realizada em junho deste ano, no Rio de Janeiro. Durante fórum promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em São Paulo, lideranças do setor afirmaram que ainda há muito a ser feito. O encontro foi realizado nesta quinta, dia 9, para avaliar a posição do segmento na conferência, com a presença de representantes dos ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores. O grupo de trabalho, criado para

– Através de exemplos reais, claros, de impacto, da integração da questão econômica, ambiental e social em resultados efetivos em larga escala que é o que o Brasil faz. Você pode pensar no plantio direto, cadeia do etanol e impactos no meio ambiental, lavoura, pecuária, florestas. Ou seja, um exemplo tropical dos mais importantes para esta região, que tem capacidade de expandir para o mundo, mundo do Sul. Há posições extremadas, de países que querem defender algo que só lhes interessam e a posição do Brasil, junto com o mundo emergente, que quer defender a posição integrada das coisas, redução de barreiras protecionistas e coisas deste tipo – diz o presidente da Abag, Caio Carvalho.

Os exemplos positivos produzidos pelo agronegócio brasileiro estão sendo organizados pelo grupo criado pelo governo federal. A frente reúne representantes de vários ministérios, técnicos e também a participação de 47 centros de pesquisa da Embrapa, conforme explica o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Erikson Camargo Chandoha.

– O principal desafio na verdade é levar todas as informações possíveis que nós temos que receber do setor produtivo, da iniciativa privada e também dos demais entes que compõem o Ministério. E junto com a sociedade brasileira e com a iniciativa privada. É difícil, mas nós já estamos na quarta reunião, onde temos recebido de 15 a 20 entes para discutir e apresentar aquilo que nós precisamos, ser municiados e subsidiados para descrever este documento – aponta.

Para o coordenador de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues, é preciso mais do que isso. Para ele, o Código Florestal deve estar aprovado até o início da Rio Mais 20.

– O governo brasileiro tem que aproveitar este momento que o mundo inteirinho estará olhando para a gente e tomar atitudes concretas. O Código Florestaol tem que estar pronto, como exemplo para o mundo. Tem que mostrar a legislação de biossegurança, que é formidável. Tomar uma decisão sobre a agricultura de baixo carbono, botar para quebrar, tirar o imposto sobre o agronegócio e biocombustível. Tem que ter ações de governo aproveitando o cenário e dizer “já fizemos e estamos fazendo muito mais” – afirma.

Um documento base para o encontro foi divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) no início deste ano. A proposta inclui ações para o desenvolvimento sustentável no mundo, nas áreas econômica, social e ambiental. Em relação a este documento, Roberto Rodrigues afirma que o Brasil precisa ir além.

– O documento acaba ficando como um mínimo multiplicador comum. O que serve para todo mundo é pouco para o que serve para o mundo todo. O Brasil pode ir além, se levantar esta bandeira da segurança alimentar energética com sustentabilidade como um mecanismo de revalorização da ONU, que perdeu o protagonismo no mundo inteiro – opina. 

O negociador chefe do Ministério das Relações Exteriores na Rio Mais 20, Ande Correia do Lago, salienta que o legado que será deixado pela conferência nos próximos anos está nas mãos do Brasil.

– O principal desafio é tornarmos esta conferência um marco inspirador, porque hoje em dia os problemas estão sendo enfrentados no curto prazo. Você vê esta crise financeira como estão sendo tratadas as crises de certos países no mundo muito no curto prazo. Rio Mais 20 é para dar aquela ideia do que vamos querer. O que a gente pode aplicar a curto prazo com vistas ao que vai ser melhor para o planeta de um modo geral – conclui.

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