O presidente da CitrusBR, Christian Lohbauer, que reúne a indústria de suco de laranja, considera que a atuação de Wagner Rossi harmonizou o setor. Ele lembra que foi durante a gestão do ex-ministro que foi criado o financiamento para estocagem de suco.
? A gente espera que essa política seja seguida pelo próximo ministro, seja compreendida e aplicada porque ela é realmente um benefício não só da indústria, mas do produtor. Quer dizer, o que se fez através dessa política desenvolvida pelo ministro Rossi foi harmonizar a remuneração do produtor num ambiente de superoferta da fruta ? disse Christian Lohbauer.
No setor de pecuária, a expectativa é de que o novo ministro se concentre nos principais problemas enfrentados hoje. A taxa de câmbio é um deles.
? Toda a agricultura se ressente de um dólar muito desvalorizado e de um real supervalorizado. Nós esperamos que o próximo ministro dê continuidade, tenha essa visão de lutar pelos mercados novos brasileiros, defender o Brasil, batalhar com os EUA, com os acordos sanitários, enfim, trabalhar para ampliar o mercado da carne brasileira ? declarou Carlos Viacava, pecuarista.
O presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho, não poupou elogios a Wagner Rossi. Ele avalia como belíssimo o trabalho do ex-ministro. Sobre o substituto, Ramalho garante que ele terá todo o apoio dos produtores, apesar de manifestar preocupação.
? Nós vamos ter um ministro que vai ter que ter uma capacidade de aprender e de ouvir, além de escutar e de conversar. Se qualquer um ler o currículo do novo ministro, vai ver que ele tem uma atuação política longa, foi secretário do Rio Grande do Sul, está no terceiro ou quarto mandato, mas ele tem uma atuação muito regional. A lavoura do Brasil não está no RS, com todos o respeito que nós temos, ela está em Goiás, em Mato Grosso, em Tocantins, no Piaiuí, no Maranhão e por aí adiante. É essa grandeza do nosso país. Então nós vamos ter um pouco de paciência com o ministro ? frisou Cesário Ramalho.