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Líderes do setor sucroenergético apontam que cenário só deve melhorar a partir de 2013

Representantes do segmento se reuniram em São Paulo para discutir planos em médio e longo prazoRepresentantes do setor sucroenergético se reuniram em São Paulo nesta terça, dia 27, para discutir a crise enfrentada pelo setor desde 2008. A previsão para 2012 é de baixa produtividade, com moagem em cerca de 500 milhões de toneladas e menos de 70 toneladas por hectare. O número fica distante da meta de 880 milhões necessários para atender à demanda em 2020. Até 2009, eram inauguradas, pelo menos, 20 novas usinas por safra. Já em 2010, quatro foram abertas e para este ano, três estão confirma

– Não é uma boa notícia para um mercado que está crescendo em termos de demanda. Agora nós temos um pequeno crescimento de área. A expectativa é de que a expansão dos canaviais gire em torno de 4%, uma pequena oferta a mais de matéria-prima com este crescimento de área de colheita – aponta.

Na opinião do vice-presidente da Dedini Indústrias de Base, José Luiz Olivério, o governo precisa definir qual o papel do etanol na matriz enérgica brasileira. A indefinição, segundo ele, contribui para o atraso do setor. Olivério afirma que é necessário estabelecer um plano com metas a serem cumpridas a médio e longo prazo, como ocorre nos Estados Unidos e na Europa.

– No Brasil, nós não temos este objetivo, esta política. O álcool é deixado ao sabor do mercado e, no momento que ocorre uma crise como esta recente, que culminou em problemas de clima e falta de chuvas, você fica com o produto fragilizado – diz.

Para amenizar os prejuízos, o governo investe em políticas públicas. No final do ano passado, o Ministério de Minas e Energia anunciou a liberação de duas linhas de crédito. Foram liberados R$ 4,5 bilhões para estocagem e R$ 4 bilhões para a renovação dos canaviais, mas os produtores reclamam que os recursos ainda não chegaram, conforme o diretor do Departamento de Combustíveis do órgão, Ricardo Dornelles.

– A linha já está disponível e dentro do sistema bancário. O sistema monetário estabelece as regras destas linhas. O sistema bancário tem suas próprias regras, normativas. Hoje temos algumas reclamações dos produtores que não conseguiram acessar, mas faz parte do dia a dia do negócio, interlocução com agentes financeiros, a questão das garantias. O governo estabelece uma garantia de um para um. Antes era de um para um e meio. Então, diminuímos as exigências, mas o sistema tem suas regras. Da parte do governo, mais favorecido do que anos anteriores – discorre.

O dinheiro vai chegar com atraso aos produtores, afirma o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP). Para ele, as medidas adotadas até agora pelo governo são insuficientes para resgatar o crescimento do setor.

– É muito pouco. Primeiro, porque a estocagem teve nenhum efeito neste momento de transição que tivemos. Nós vamos ter uma repercussão para adiante. Os volumes precisam crescer e as condições ser menos burocratizadas. E para renovação, na prática, nenhuma operação de monta foi feita até agora. Precisamos agilizar estes recursos para expandir e renovar os canaviais, retomar a capacidade de moagem e sonhar com o cenário de novas possibilidades – pontua.

Cenário que, de acordo com o presidente da União dos produtores de Bioenergia, Antônio Cesar Salibe, só será possível a partir de 2013.

– O que nós precisamos é plantar cana, cuidar destes canaviais, cuidar da soqueira. Precisamos ter dinheiro para fazer os tratos culturais devidos da soqueira para que, em 2013, a gente tenha cana de qualidade – explica.

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