A ideia do governo é que haja expansão da área plantada com cana-de-açúcar para aumentar a produção de etanol do Brasil. Hoje, as usinas têm uma ociosidade de 16% e para preencher a demanda será preciso mais 1,4 milhão de hectares com boa produtividade.
— O setor está investindo muito na questão da recuperação dos canaviais. Em 2010 já teve grande recuperação dos canaviais. Em 2011 também um grande replantio. E agora, no decorrer de 2012, as empresas estão plantando 13% a mais do que plantaram em 2011, o que significa que na safra 2013/2014, que começa agora, nós vamos trabalhar com um canavial mais jovem e mais produtivo em relação às últimas safras — diz o presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Antônio de Pádua Rodrigues.
Além de investir em novas áreas e contar com linhas de crédito, para alcançar boa produtividade os produtores precisam de condições adequadas. Pensando nisso, na propriedade de Maria Cristina Pacheco foi feito um replanejamento para os 23% de replantio, previstos para esse ano. No ano passado ela plantou no mês de novembro, mas perdeu quase tudo.
— Nós tivemos problemas com chuva e depois com falta de chuva. O plantio foi atrasado porque choveu muito em outubro, mais da média histórica e a gente teve que mexer na terra e com isso nós tivemos resultados muito ruins — afirma a produtora.
Com essa experiência ruim esse ano, o plantio foi feito nos meses de agosto e setembro para as lavouras de corte com um ano.
Para quem plantou em setembro o tempo deve ajudar, mas para quem não iniciou, o plantio pode ficar complicado, pois do dia 20 de novembro até o mês de março a previsão é de chuva acima da média. Somente em fevereiro, por exemplo, são esperados 65 milímetros a mais do que em períodos convencionais.
Na região do Triângulo Mineiro é possível perceber um novo ciclo da cana. Novas áreas substituindo principalmente pastagens e a renovação de velhos canaviais. Os avanços começam pela mecanização no plantio. As mudanças passam também pela profissionalização dos trabalhadores rurais. Nos últimos cinco anos o setor vem recuperando a confiança no mercado sucroenergético.