Entre 40 e 50 proprietários rurais do distrito de Cajueiro, no município de São João da Barra, participam de uma manifestação contra a desapropriação de terras na região do porto para a construção de um distrito industrial. Eles alegam não terem sido avisados com antecedência sobre a desapropriação e contestam o valor das indenizações que serão pagas pelo Estado.
Cerca de dois mil funcionários da LLX foram impedidos de trabalhar pelo protesto, mas a companhia afirma que não haverá prejuízo por causa da paralisação dos trabalhos, já que a obra do Porto do Açu estaria adiantada.
A LLX afirma manter um canal aberto para diálogo com a população local, por meio de um escritório em São João da Barra, mas entende que a negociação com os manifestantes deva ser conduzida pela Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), por tratar-se de desapropriação de terras.
Segundo a Codin, que coordena o processo, todos os proprietários foram notificados em agosto do ano passado e convidados a comparecer à sede de São João da Barra para esclarecimentos sobre as desocupações. Deacrodo com o órgão, 80% dos convocados já compareceram para ouvir esclarecimentos.
A primeira etapa das desapropriações atinge terras de cultivo de caju, abacaxi e quiabo. Na próxima etapa, ainda sem data definida, 11 famílias terão de deixar suas casas, mas a Codin afirma que serão reassentadas.