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Lucro da Agco cresce 50% no primeiro trimestre

Gigante do setor de equipamentos agrícolas divulgou balanço parcial do anoO Grupo AGCO anunciou nesta quarta, dia 2, um lucro de US$ 120,2 milhões no primeiro trimestre de 2012, aumento de 50% se comparado ao montante do mesmo período no ano anterior. Na época, a companhia, que é a terceira maior fabricante mundial de equipamentos agrícolas em vendas, havia faturado US$ 80 milhões.

A empresa informa que o crescimento se deve às aquisições feitas pelo grupo, como a da GSI Holding, em 2011, e pelo número maior de vendas na Europa e na América do Norte. A GSI Holding atua no segmento de armazenagem de grãos, e sua compra fez parte do plano estratégico da Agco para expandir os negócios na América do Norte, seu mercado mais fraco.

Os altos preços das commodities contribuíram para a expansão nas vendas de tratores e colheitadeiras, atenuando os efeitos do crescimento econômico baixo registrado em 2011 na América do Norte e na Europa. As vendas na região África, Europa e Oriente Médio, que responde pela maior parte da receita, saltaram 23%. Na América do Norte, a expansão foi de 58%, enquanto na América do Sul as vendas cresceram 1,2%. A receita também subiu 27%, para US$ 2,27 bilhões (19% quando excluídas as flutuações cambiais e as aquisições).

Para 2012, a companhia prevê ganhos de US$ 5,50 por ação em vendas totais de US$ 10,2 bilhões a US$ 10,5 bilhões. A estimativa anterior era de ganhos de US$ 5 por ação em vendas de mais de US$ 10 bilhões.

Grupo revê projeto e fará colhedora para exportação

AGCO pretende destinar ao mercado externo a colhedora de cana-de-açúcar cujo projeto está sendo desenvolvido há três anos. Inicialmente a ideia era produzir para o mercado interno. Segundo o vice-presidente sênior da AGCO para a América do Sul, André Carioba, a aquisição de 60% da fábrica brasileira de colhedoras de cana da Santal, em janeiro deste ano, supre a necessidade da empresa de atender a demanda por máquinas maiores no País e motivou a mudança no projeto anterior.

– O projeto em desenvolvimento está em fase de revisão para que possamos produzir uma colhedora menor para atender o mercado externo, como a Índia, México e até a Argentina -, disse Carioba.

A grande aposta da companhia é o mercado indiano, maior produtor de cana-de-açúcar do mundo depois do Brasil, mas com uma estrutura fundiária marcada por milhões de pequenos produtores, o que inviabiliza o corte mecânico da cana.

Pela mudança no projeto, ainda não há prazo para que a colhedora da AGCO seja lançada, mas já está definido que ela será produzida nas unidades da Santal em Ribeirão Preto e Cravinhos, cidades vizinhas no interior paulista.

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