? Se permitir que a cada ano tenha problemas, de oferta e preços, mesmo que em poucos meses, vamos cair na criação da desconfiança do Brasil, que não será bom ? afirmou, para uma plateia que reunia os maiores empresários do setor produtivo de etanol do país.
Lula lembrou o recente cenário de consolidação do setor sucroalcooleiro, com a aquisição de várias unidades produtoras e da estagnação da produção, sem a construção de novas usinas.
? Eu vejo muita gente dizer que tá comprando usinas e pouca gente que vai construir novas, precisamos acompanhar o crescimento do consumo para o crescimento da oferta, senão corremos o risco de perder a credibilidade ? afirmou.
O ex-presidente cobrou uma espécie de pacto entre governo, empresas e empregados para evitar os problemas constantes na entressafra de cana-de-açúcar, com a restrição na oferta e a disparada nos preços de etanol.
? Todo ano tem problema de entressafra, isso é coisa do passado, companheiros.
Ainda segundo ele, o etanol brasileiro é um produto consolidado e o país não pode recuar no incentivo ao aumento de produção, sob o risco de dar razão aos críticos do combustível, principalmente os defensores do petróleo.
? A questão do etanol não pode voltar atrás e não temos o direito de jogar fora o sonho e dar razão aos dedos sujos dos nossos críticos ? concluiu.
Lula foi homenageado em um hotel na capital paulista como a personalidade política a receber o prêmio Top Etanol, criado pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), entidade que representa os usineiros.