Em uma conversa longa, Lula reforçou que a MP da Amazônia foi aprovada quase que em sua totalidade, e que as emendas que não convierem ao projeto serão simplesmente retiradas.
? O projeto é bom, nós precisamos legalizar a terra da Amazônia, porque com isso nós vamos permitir o zoneamento agroecológico, vamos saber onde plantar cada coisa, onde é a área extrativista, fazer o manejo correto e certificar a madeira, e vamos acabar com a violência no campo ? enumerou o presidente, que logo admitiu que a aprovação da MP dará espaço a uma briga internacional.
Mas Lula se disse disposto a abraçar a causa. Quando questionado sobre o conflito criado entre produtores e ambientalistas, ele disse saber da existência de pessoas no Brasil que acenam bandeiras contrárias ao agronegócio, enquanto vendem ao mercado exterior uma imagem negativa da produção agropecuária.
? Eu gosto de ter essa briga, porque muita gente aqui no Brasil se faz de inocente, enquanto presta serviço aos nossos concorrentes externos, que querem disputar conosco a carne, a soja, o etanol ? afirmou Lula.
A MP 458 prevê a doação dos terrenos amazônicos de até 100 hectares, a venda por preço simbólico das áreas com até 400 hectares e aquelas acima de 1,5 mil hectares serão negociadas por valor de mercado. No último caso, os posseiros têm 20 anos para pagar.