– A idéia é garantir que o cliente que tem conta no banco tenha seu dinheiro garantido. Em toda a crise, há aquele que quer levar o melhor.
O presidente também descartou novamente o uso de pacote para combater os efeitos da crise internacional sobre a economia brasileira. Segundo ele, o Brasil já teve muitos pacotes e, por isso, “quebrou a cara muitas vezes”.
O presidente lembrou que, desde setembro, já vem alertando sobre os riscos da crise financeira provocada pela inadimplência do setor imobiliário americano, chamado subprime. Ele defendeu a reformulação dos bancos centrais de todos os países, já que este seria um bom momento para o mundo se ajustar. Lula afirmou que os Bancos Centrais precisam rever a sua margem de alavancagem, que é sempre muito alta em face da realidade.
– Ninguém pode negociar o que não tem. A movimentação de recursos de forma virtual, em que só se vende papel, é a causa da quebra financeira que ocorreu.
O presidente disse ainda que a crise financeira internacional não atingiu em cheio o Brasil e reconheceu que a crise é profundamente forte, mas o Brasil está “profundamente preparado”.
– Todos os países serão atingidos, mas o Brasil sofrerá menos do que qualquer outro.
Além disso, Lula afirmou que não irá cortar investimentos nos programas sociais por causa da crise financeira. Segundo ele, investir nesses programas é garantir o crescimento do mercado interno. Entre os programas citados pelo presidente está o Bolsa Família e o Projovem.
– Não vamos tirar nenhum centavo desse dinheiro.