? O Brasil aumentou muito a capacidade de armazenamento. Saímos de 90 milhões de toneladas para 135 milhões de toneladas. Eu não queria deixar o governo sem inaugurar um armazém que passa a ser um símbolo da recuperação da Conab e da valorização da soberania do país. Nós vamos continuar com a política de armazenamento ? apontou o presidente em discurso.
Ao lado de Lula, o ministro Wagner Rossi disse que a decisão do governo de investir em armazenamento é determinante para assegurar os estoques de alimentos no futuro.
? Essa obra só existiu porque o presidente Lula mudou a orientação política, pois os governos anteriores achavam que o mercado regulava tudo e, praticamente, se acabaram os estoques de alimentos ? comentou.
Com a nova unidade, o complexo armazenador de Uberlândia torna-se o maior da Conab, com capacidade para 242 mil toneladas, sendo 218 mil de produtos agrícolas a granel, como trigo, milho e sorgo, e 24 mil para produtos ensacados e industrializados.
Papel do Estado
Lula disse que o governo vem ampliando os investimentos e concedendo mais crédito para armazenagem.
? Um armazém como esse se pensou em 1970, depois se investiu pouco dinheiro e, em 1989, ele parou porque começou a doutrina de que o Estado não presta para nada, que nós temos que tirá-lo de tudo e o mercado é igual a Deus ? afirmou.
O presidente acrescentou que Estado e mercado têm papéis complementares.
? Hoje está provado que o Estado tem um papel importante e, da mesma forma, o setor privado. Os dois não são antagônicos, eles têm que combinar entre si. Cada um tem uma tarefa e o Estado tem que ser o indutor e o regulador.
Lula destacou a grande quantidade de terras agricultáveis no Brasil, afirmando que se trata de uma forma de “soberania nacional”, e a importância de o país ter armazéns, como esse inaugurado nesta quarta, para estocar alimentos.
De acordo com a Conab, o armazém deve atender à demanda de estocagem na região do Triângulo Mineiro e contribuir para a formação de estoques reguladores de milho, soja, arroz e trigo do próprio Estado e de regiões com maior produção, como Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia.