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Lula diz que decisão de não prorrogar CPMF prejudicou o programa Saúde na Escola

Conforme presidente, iniciativa lançada na última quinta deveria ter entrado em vigor em março deste anoO presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda, dia 8, que o programa Saúde na Escola foi prejudicado pela não-prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Segundo ele, a iniciativa ? lançada na última quinta, dia 4 ? deveria ter entrado em vigor em março deste ano.

? Não pudemos colocar em prática porque não foi aprovada a CPMF. Agora, estamos fazendo com alguns meses de atraso aquilo que poderíamos ter feito há meses. Precisamos, primeiro, alocar dinheiro para poder fazer esse programa, mas, de qualquer forma, vamos fazer agora o que tinha que ser feito ? disse Lula.

Em seu programa semanal Café com o Presidente, Lula explicou que a idéia é começar por municípios que já contam com equipes médicas que atendem em casa as famílias e levar os profissionais também às escolas. Localidades que registraram os piores índices de aproveitamento dos alunos na escola, de acordo com ele, serão as primeiras. A meta do governo é atender 26 milhões de crianças e jovens do Ensino Fundamental e do Ensino Médio até o fim do programa.

? Para a gente perceber se a criança está no seu tamanho normal, se tem problema de audição ou visão, por exemplo. E se ela tiver problema, vamos duas vezes ao ano visitar as escolas. Detectando isso, vamos encaminhar essas crianças para o tratamento adequado ? garantiu.

O objetivo em 2008 é visitar 600 escolas em todo o país. Além de tratamento médico, Lula lembrou que a iniciativa também vai “educar” os alunos para a prevenção de doenças transmissíveis. Ele dise estar convencido de que a medida representa “um passo extraordinário” para o ensino brasileiro.

De acordo com a Presidência da República serão investidos R$ 844 milhões na implantação do Saúde na Escola. No ano passado, quando os parlamentares rejeitaram a prorrogação da CPMF, o governo afirmou que o programa não teria condição de sair do papel.

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