No encontro, os diretores da Embraer disseram ao presidente que as demissões foram frutos da retração da demanda, devido à crise econômica mundial. Segundo a empresa, 90% da produção brasileira de aviões têm como destino o mercado externo.
? O restabelecimento das contratações se dará quando o mercado internacional se recuperar. Nós não temos uma visão clara de quando isso irá acontecer ? disse o presidente da Embraer Frederico Curado.
Segundo ele, não havia alternativa para a empresa a não ser cortar vagas.
? Férias coletivas não seriam possíveis quando você tem uma visão de recuperação a curto prazo. Nossa visão é de que as encomendas, a retomada do nível de produção, vai demorar dois, três anos, para se recuperar ? prevê o Curado.
Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, Lula não sabia das demissões antes do anúncio oficial. Ele afirma que no momento nenhum novo acordo para o fornecimento de aviões está sendo negociado pelo Brasil.