? Nós, enquanto Estado brasileiro, empresa pública, faremos sozinho (a usina) se for necessário ? disse, após almoço oferecido ao presidente do Líbano, Michel Sleiman, no Palácio do Itamaraty.
Segundo Lula, no consórcio, pode entrar e sair quem quiser.
? No leilão, entra quem quer e sai quem quiser, depois (da licitação). Não tem nenhum cadeado na porta. Não tem problema ? disse o presidente.
Nos bastidores, no entanto, Lula tem dito não acreditar que a Queiroz Galvão vá deixar o consórcio. Sobre os interesses das construtoras Odebrecht e Camargo Corrêa, que desistiram do leilão, mas mostraram interesse em participar da obra como construtoras, o presidente disse:
? Podem ajudar. É só querer.
Lula rebateu críticas de que o empreendimento irá afetar a região da Amazônia e as comunidades ribeirinhas e disse que o atual projeto da obra prevê um reservatório 60% menor que o previsto originalmente e que serão investidos R$ 3 bilhões para evitar impactos ambientais. Ele disse que os críticos reclamam “até mesmo” do preço da tarifa de energia, considerado por ele como barato.
? Eu achei fantástico (o preço) ? disse.
Lula ainda reclamou dos que disseram que o governo tem interesse eleitoral com a obra.
? Eu ouvi um cidadão dizer que isso foi político. Quem não fez política fez o apagão ? disse, referindo-se ao governo anterior.
? As usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio são coisas que nossos adversários torcem para não dar certo ? acrescentou.
Lula ainda citou a importância do empreendimento para a economia do país.
? Um país que quer ser a quinta economia do mundo e oferecer ao investidor energia, tem que pensar cinco anos para a frente. E é por isso que estamos fazendo essa (Belo Monte), Santo Antônio, Jirau, Estreito e o Complexo do Tapajós ? disse.