No Rio Grande do Sul, uma das indústrias mais prejudicadas é a Oderich, de São Sebastião do Caí, que segue enfrentando dificuldades para fazer entregas de produtos já contratados. Das mais de 300 mil caixas de latas de milho em conservas paradas, foram liberadas entre 6 mil e 9 mil. Ainda assim, apenas para entrar em território argentino, sob a condição de que o cliente as mantenha como “fiel depositário”, quer dizer, não pode distribuir os produtos.
? Ocorreram três liberações, mas nenhum outro importador se dispôs a carregar novos lotes porque ainda estão temendo consequências da postura terrorista adotada ? relata Marcos Oderich, diretor comercial da Oderich.
Dos clientes argentinos, Oderich vem ouvindo que o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, estaria voltando a condicionar a importação a exportações de igual volume.
Como muitos dos contratos são com varejistas, é uma condição quase impossível de cumprir.
? Amanhã (nesta quarta, dia 26) deverá haver uma pressão mais forte por parte da chancelaria, com a visita do presidente ? espera Oderich, que não descarta ir até Buenos Aires para demonstrar que também importa produtos argentinos, como ervilhas, ameixas e azeitonas.