No plano bilateral, Lula está disposto a propor fórmulas para ampliar o comércio entre Brasil e China, que no ano passado cresceu para US$ 23 bilhões, valor que os governos dos dois países estão dispostos a elevar para US$ 30 bilhões em 2010. Em 2007, a China passou a ser o terceiro destino das exportações brasileiras.
Quase 70% das exportações brasileiras para o mercado chinês são de grãos (principalmente soja), minério de ferro e derivados de petróleo, mas o governo Lula deseja dotá-las de um maior conteúdo de produtos manufaturados.
Segundo fontes oficiais, o presidente brasileiro também discutirá em seus encontros com o governo chinês o fracasso da Rodada de Doha, que o Brasil está empenhado em resgatar apesar de as negociações terem sido dadas como concluídas na semana passada em Genebra.
China, Índia e Estados Unidos foram responsabilizados por várias delegações pela falta de acordo nestas negociações, que Lula acredita que podem ser retomadas em um curto prazo se houver vontade política necessária.
O porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, disse que Lula também discutirá com Hu outros assuntos da agenda internacional, como a reforma da ONU e o combate ao aquecimento global.
A agenda política de Lula em Pequim inclui reuniões com outros chefes de Estado e de governo que assistirão à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. O presidente deve retornar ao Brasil no sábado, dia 9.