Maggi quer criar fundo para resolver problemas de infraestrutura no campo

Experiência de Mato Grosso é modelo para o país, disse o ministro em feira no RS, onde foi acompanhado de embaixadores de 32 países

Fonte: Mapa/Divulgação

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) sugeriu aos produtores rurais a criação de um fundo que ajude a resolver problemas de infraestrutura do setor, durante o 2º Fórum Soja Brasil, em Não-Me-Toque (RS). Maggi lembrou ter destinado o valor total de fundo existente em Mato Grosso, quando foi governador, à construção e asfaltamento de estradas no estado.

O fórum, promovido pelo Canal Rural e a Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja) com coordenação técnica da Embrapa, ocorreu em Não-Me-Toque, durante a Expodireto Cotrijal. Maggi visitou a feira, um dos maiores eventos do agronegócio brasileiro, acompanhado por comitiva de embaixadores de 32 países. A exposição termina nesta sexta-feira (10).

O ministro destacou que os embaixadores puderam ver em sobrevoo sobre Passo Fundo, município vizinho, onde o avião pousou, propriedades com reservas legais e rios preservados. “São 20% das margens protegidas, aqui no Sul, 35%, no Centro-Oeste, e 80% no Norte”, destacou, observando que “país nenhum no mundo tem essa obrigação legal”.

Investimento estrangeiro

O Mapa está desenvolvendo ações na Expodireto Cotrijal para atrair investimentos estrangeiros, impulsionar as exportações de produtos agropecuários e promover a imagem do Brasil no exterior. Junto com o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Ribeiro, o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, e os vice-presidente do Banco do Brasil, Tarcísio Hubner (Agronegócio) e Carlos Hamilton (Infraestrutura), Maggi participou do lançamento do aplicativo Custeio Digital do BB durante a feira.

Depois de atribuir às pesquisas da Embrapa grande parte do mérito pelo aumento da produtividade do agronegócio no país, nos últimos 40 anos, Maggi ressaltou “o mérito dos próprios agricultores, que acumulam anos e anos de conhecimento”. E enfatizou os riscos da atividade ligados ao clima: “Trabalhamos numa indústria a céu aberto”. O ministro disse também ser portador de um abraço de solidariedade e de agradecimento do presidente Michel Temer aos produtores rurais.