O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu a retirada da alteração na aposentadoria rural presente na reforma da Previdência. Para o parlamentar, o tema é polêmico, dificulta o diálogo com a sociedade sobre a necessidade da mudança e tem baixo impacto fiscal.
“Vamos focar o trabalho da Câmara naqueles que podem, de fato, contribuir com a reorganização do sistema previdenciário brasileiro”, destaca.
Maia voltou a destacar a necessidade urgente da aprovação da reforma da Previdência para as contas públicas do país. Segundo ele, os parlamentares precisam olhar o cenário futuro de uma profunda crise econômica caso a reforma não seja aprovada.
“É um cenário muito ruim, aumento do desemprego, da pobreza, perda da renda. Minha preocupação é só essa. O dólar a mais de R$ 4, taxa de juros a mais de 8%, pobreza aumentando, esse é o cenário que precisamos olhar, e olhar qual o impacto dessa aprovação”, afirma o presidente da Câmara.
Partidos se posicionam
Mais cedo, dez partidos (PR, SD, PPS, DEM, MDB, PRB, PSD, PTB, PP e PSDB) apresentaram documento se posicionando contra a inclusão do Benefício da Prestação Continuada (BPC) e da aposentadoria rural na proposta de reforma da previdência.
Os deputados também são contrários à desconstitucionalização da Previdência. Pela proposta do governo, as principais regras ficariam de fora e as mudanças ocorreriam por meio de leis complementares. O líder do grupo, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que os partidos não vão permitir que as novas regras atinjam os mais necessitados.