As chuvas que caíram no último final de semana no cinturão produtivo de soja e milho dos Estados Unidos contribuíram para a alta dos preços dos grãos na Bolsa de Chicago nesta segunda, que fechou com a sessão com altas próximas a 15 pontos.
Os efeitos do clima na cotação já era perceptível durante o dia, como ressaltou o analista de mercado, Vlamir Brandalizze. “É um começo de semana positivo para os produtores brasileiros e ruim para os americanos. Teve geada em trigo e temperatura muito baixa para milho e soja plantada, além de áreas inundadas no cinturão, com grande chance para replantio. Com isso, temos um fator novo que precisava para dar uma animada no mercado, que estava um pouco calmo demais”, disse.
Segundo Brandalizze, a alta expressiva pode não ser contínua. “Normalmente, quando há essa alta, pode haver uma liquidação. Mas, o fundamento climático é positivo e pode dar patamares para soja e milho nos próximos dias. Aquele nível próximo de US$ 9,40 da soja, já está próximo de R$ 9,60 e caminha para se consolidar a R$ 9,50 a R$ 9,80 e, dependendo como for a chuva nos próximos dias, nos meses futuros pode ‘beliscar’ os US$ 10”, falou o analista.
Parado por causa do feriado, o mercado brasileiro pode começar efetivamente o mês de maio com bons números. “Nesta semana devemos ter boas oportunidades para o produtor, que precisa fazer fechamento neste mês de maio com níveis melhores do que vinham nas últimas semanas. É provável que vamos andar nessas semanas nos melhores momentos do período de colheita, que tivemos nos últimos dois meses em baixa e que começa a dar os primeiros sinais de alta”, finalizou Brandalizze. Confira as cotações:
Café
Na bolsa de Nova York, a cotação de café subiu mais de 200 pontos nesta segunda-feira. O vencimento maio/2017 encerrou cotado em 133,60 cents/lb com alta de 255 pontos, entquanto julho teve alta de 245 pontos, contabilizando 135,85 cents/lb. Com vencimento em setembro/2017, os lotes fecharam em US$ 138 cents/lb com 240 pontos de alta. Confira a cotação:
Quem explica se essa reação no valor do produto ficará estável é o analista de mercado, Eduardo Carvalhaes, de Santos, no litoral de São Paulo. Confira o vídeo: