? É fruto do trabalho. Cada vez mais, os agricultores estão devolvendo as embalagens e essa devolução tem ocorrido logo após a utilização, principalmente da safra de verão. O agricultor então, imediatamente ao terminar as aplicações na safra, já procura a devolução, então maio culminou nesse volume expressivo de embalagens que foram destinadas em todos os Estados ? diz o coordenador de operações do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), Marcelo Lerina.
O especialista diz também que o sistema no Brasil é diferenciado.
? O sistema no Brasil é baseado na lei dos agrotóxicos, que distribui responsabilidades e a indústria de agrotóxicos no país que é representada pelo Inpev realmente assumiu esse papel de coordenar esse processo e de investir fortemente. Foram investidos nos últimos anos, desde que o sistema começou em 2002, mais de R$ 385 milhões no sistema. Então, realmente todo o segmento abraçou essa questão ? avalia.
Além da destinação final de embalagens, existe uma preocupação em reduzir o volume de frascos necessários. Uma empresa de defensivos está lançando um produto para tratamento de sementes de soja que une inseticida e fungicida, numa formulação só. Antes, eram necessários 200 mililitros dos dois produtos por hectare. Com a nova tecnologia são 100, o que representa a redução de produto e embalagens pela metade. Outra novidade é um pacote de herbicida para arroz que se dissolve na água.
? Este ano, estamos lançando um novo produto, específico para o mercado de arroz. Temos uma formulação de grânulos dispersíveis, que vem em um saquinho hidrossolúvel e, que é colocado no tanque e dissolvido. São 200 gramas que comparado com o produto que tinha até então, ou que está no mercado, uitilizava 1,5 litro por hectare, contra 200 gramas por hectares ? explica o gerente da Unidade de Negócios da Basf Sul, Clairton Lima e Silva.