Oliveira afirmou que, no ano passado, a oferta de carne vermelha no mercado doméstico diminuiu muito, em virtude da menor disponibilidade de bovinos. Este cenário refletiu o abate de matrizes ocorrido há cerca de dois a três anos, que ajudou a diminuir o ritmo de nascimentos de bezerros e, por consequência, reduziu o tamanho do rebanho no país. Ainda segundo o especialista, o aumento no abate de bovinos em 2010 ante o ano anterior foi beneficiado por uma base de comparação baixa, referente a 2009, ano em que a economia brasileira enfrentou a crise global.
Ao mesmo tempo em que este cenário conduzia a um ambiente de carnes vermelhas mais caras, o consumidor voltou sua atenção para outros tipos de carnes, como frangos e suínos. Com a maior demanda por outros tipos de carne não bovina, o ritmo de abates de suínos e frangos cresceu fortemente na evolução trimestral.
? Temos hoje muita propaganda, ações de marketing principalmente relacionadas ao estímulo de consumo de suínos do que em anos anteriores. A indústria percebeu este interesse do consumidor, e está respondendo a isso com o aumento de abates ? afirmou.
De acordo com o especialista, a maior demanda por frangos e suínos é puxada basicamente por procura no mercado interno. O nível de exportação das carnes não supera o consumo doméstico.
? Em torno de 20% da produção de suínos é exportada; no caso dos frangos, este patamar é de cerca de 35%, e no caso de bovinos oscila em 22% ? acrescentou o especialista.