Além dos grãos, foram apreendidos também uma colheitadeira, três tratores e outros equipamentos, que, somados, valem quase R$ 500 mil. A propriedade foi multada em mais de R$ 7 milhões por descumprir o embargo, por impedir a regeneração natural da vegetação nativa, exercer atividade de agricultura sem licença ambiental e pela não destinação adequada de embalagens de agrotóxico.
Apenas desse infrator, já foram identificados e autuados, nos últimos 10 dias, quase 7.000 hectares de áreas de floresta nativa desmatadas entre 2010 e 2011 sem qualquer tipo de licença ou autorização do órgão ambiental competente.
A prática mais comum dos proprietários rurais nessa região consiste em solicitar o licenciamento ambiental ou o Cadastro Ambiental Rural (CAR) da propriedade e, de posse apenas dos protocolos de solicitação, promover o desmatamento em grandes áreas de floresta. Os desmatadores fazem o corte raso da mata com o uso do trator e de correntes e adentram áreas de reserva legal. Após o desmatamento, arrendam as áreas a terceiros para o plantio de grãos e criação de gado.
Operação
Essa ação de fiscalização faz parte da operação Disparada, que apreendeu cerca de 800 cabeças de gado somente na região de Nova Ubiratã e flagrou novos desmatamentos. O saldo parcial da operação Disparada no Mato Grosso é de mais de R$ 40 milhões em multa, 12 mil hectares de áreas embargadas, além da apreensão dos 1.667 toneladas de arroz, de tratores de esteira, caminhões, pás-carregadeiras, correntes, colheitadeiras e outros equipamentos, que, somados, ultrapassam R$ 2 milhões.