Mais 2 casos de ferrugem asiática foram confirmados no Paraná

Coincidência ou não, ambos registros foram coletados em cidades na fronteira com o Paraguai. Embrapa explica a razão para o surgimento de novos casos

Nesta segunda-feira, dia 27, mais dois casos de ferrugem asiática foram confirmados no Brasil, mais especificamente no Paraná. Os registros foram nos municípios de itaipulândia e São Miguel do Iguaçu, curiosamente, ambas próximas à divisa com o Paraguai, região que os produtores brasileiros sempre reclamam sobre o não uso do vazio sanitário e outros cuidados.

A identificação do caso em itaipulândia, foi realizada por funcionários do Moinho Iguaçu e por um técnico da Syngenta, Carlos Piotto e confirmadas pelo Consórcio Antiferrugem. Carlos Piotto também identificou o caso em São Miguel do Iguaçu.

Segundo a pesquisadora da Embrapa Soja, Cláudia Godoy, o vazio sanitário foi respeitado nas regiões citadas. Entretanto, nesta época, é comum o surgimento da doença. “Normalmente, os primeiros casos aparecem agora mesmo. O produtor precisará intensificar o monitoramento e caso notar problemas, tratar a área”, afirma ela.

A pesquisadora explica que neste ano, o atraso na semeadura pode sim trazer problemas, mas que se o produtor ficar atento, os problemas poderão ser contornados. “A diferença deste ano com o ano passado, é que em 2016 as chuvas vieram antes e a semeadura foi antecipada. Este ano não, muitos produtores semearam só em novembro e as plantas ainda estão bem novas. Sendo assim, nestas áreas, a ferrugem ainda pode chegar com maior pressão”, conta Cláudia.

Com estes casos, o Brasil já confirmou três registros oficiais da doença. O primeiro aconteceu na semana passada, no município de Itaberá, em São Paulo. Neste caso, a Doença foi encontrada por pesquisadores da Fundação ABC e confirmada pelo Consórcio Antiferrugem na terça-feira, dia 21.

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