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DESAFIO LOGÍSTICA

Mais da metade dos navios de café ficam parados em maio; perdas chegam a R$ 600 milhões

Problemas de infraestrutura que estão afetando o fluxo de embarques

Porto de Santos
Foto: Ricardo Botelho/MInfra

As exportações de café do Brasil estão enfrentando grandes desafios logísticos, principalmente nos portos do país. Eduardo Heron, diretor técnico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), destacou em entrevista os problemas de infraestrutura que estão afetando o fluxo de embarques de café, especialmente no porto de Santos, o maior da América Latina, por onde saem cerca de 70% das exportações de café do país.

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Heron explicou que há um esgotamento da capacidade portuária, não só em Santos, mas também em outros portos brasileiros, o que resulta em atrasos nas operações dos navios e na lotação dos pátios dos terminais portuários. Estes atrasos causam prejuízos significativos aos exportadores, com perdas estimadas em aproximadamente 119 milhões de dólares (cerca de 600 milhões de reais) em maio de 2024.

A CeCafé tem trabalhado para estabelecer um diálogo com as autoridades públicas e transportadoras marítimas para mitigar esses atrasos. A Autoridade Portuária de Santos tem se mostrado interessada em conhecer e resolver esses problemas logísticos, mas a solução exige investimentos significativos em infraestrutura, especialmente para cargas conteinerizadas, que não têm acompanhado o crescimento das exportações.

Os desafios não se limitam ao primeiro semestre de 2024. Com o aumento esperado das exportações no segundo semestre, incluindo mais café e outras cargas como algodão, a situação pode se agravar. Apesar de recordes como a exportação de 4,4 milhões de sacas de café em maio, o cenário logístico impõe uma necessidade urgente de investimentos e melhorias na infraestrutura portuária para garantir o fluxo normal das exportações.

A CeCafé afirma buscar soluções junto a diversos agentes, incluindo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e outros stakeholders do setor. A expectativa é que, sem melhorias substanciais, os desafios logísticos possam impactar ainda mais as exportações brasileiras de café no futuro próximo.

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