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Mais de 90% dos municípios brasileiros enfrentam problemas ambientais

Queimadas, desmatamento e assoreamento são as ocorrências mais freqüentesAo longo deste ano 5.040 municípios brasileiros (90,6%) informaram a ocorrência freqüente e impactante de alguma alteração ambiental, sendo queimadas, desmatamento e assoreamento de corpos d'água as mais citadas. Apesar disso, apenas pouco mais de um terço dos municípios dispõe de recursos financeiros específicos para viabilizar ações da esfera ambiental, e menos de um em cada cinco prefeituras tem uma estrutura adequada para lidar com os problemas nessa área.

Os dados fazem parte da sétima edição da Pesquisa de Informações Municipais (Munic) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O levantamento investigou, além da gestão pública, os temas meio ambiente, transporte e habitação.

Queimadas (3.018, ou 54,2% dos municípios), desmatamento (2.976, ou 53,5%) e assoreamento de corpos d’água (2.950, ou 53%) foram os impactos no meio ambiente mais apontados pelos gestores municipais. Os três foram os únicos apontados por mais da metade dos municípios e mantêm forte correlação entre si: o assoreamento tem como causas o desnudamento dos solos, ocasionados, em geral, por queimadas e desmatamento.

As queimadas foram relativamente mais apontadas nas regiões Norte (74,2% dos municípios) e Centro-Oeste (62,4%). O desmatamento também foi apontado de forma expressiva no Norte (71% dos municípios) e no Nordeste (64,8%) do país. Já o assoreamento de algum corpo d’água foi predominante entre os municípios do Centro-Oeste (63,3%) e Sudeste (60,2%).

A poluição da água foi mais informada por municípios das regiões mais urbanizadas e economicamente mais desenvolvidas: Sudeste (43,6% dos municípios) e Sul (43,2%). Já a escassez de água foi mais apontada pelos municípios do Sul (53,5%) e do Nordeste (52,3%).

A contaminação do solo foi mais citada pelos municípios das regiões Nordeste (27,1%) e Sul (25,9%), enquanto a poluição do ar predominou no Norte (36,3% dos municípios) e no Centro-Oeste (29%).

Em relação à habitação, a Munic confirma que a existência de favelas é maior nos municípios mais populosos: quando considerado o total de 5.564 municípios brasileiros, cerca de 33% declararam ter favelas; mas, considerando-se aqueles entre 100 mil e 500 mil habitantes, o percentual chega a 84,7% e, dos 37 municípios com população acima de 500 mil habitantes, todos, exceto Cuiabá (MT), informaram a existência de favelas. O percentual de municípios que declararam a existência de favelas é maior nas regiões Norte e Nordeste (41%), enquanto a presença de loteamentos irregulares é mais informada nas regiões Sul (62,4%) e Sudeste (59,0%).

Na área de transporte, a pesquisa aponta que em mais da metade dos municípios brasileiros (52,7%) há serviço de mototáxi. Já o metrô está presente em apenas 15 municípios. Em 59,9% das cidades existe serviço de transporte feito por vans; enquanto 16,5% não contam com nenhum serviço de transporte coletivo por ônibus.

Como faz todos os anos, a Munic 2008 também investigou a estrutura geral das administrações municipais e constatou que o pessoal ocupado nas prefeituras aumenta, mas em menor ritmo que em anos anteriores.

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