O setor vitivinícola da França, um dos maiores do mundo, enfrenta uma grave crise em 2024, impulsionada pela queda no consumo e pela redução nas exportações de vinhos. Com 789 mil hectares dedicados à produção de vinho em 2023, o país busca medidas drásticas para conter a queda nos preços.
Diante da diminuição nas vendas, o governo francês anunciou um programa emergencial que oferece incentivos financeiros para os produtores que optarem por remover seus vinhedos. A proposta prevê uma compensação de cerca de 4 mil euros (aproximadamente R$ 25 mil) por hectare destruído, com a possibilidade de retirar até 30 mil hectares de vinhedos, representando cerca de 4% da área total cultivada.
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Mudanças nos hábitos dos consumidores
Esse declínio nas vendas é exacerbado por transformações nos hábitos dos consumidores, especialmente entre os mais jovens. Dados mostram que menos de um terço dos consumidores de vinho na França tem menos de 40 anos. A nova geração tem se mostrado mais inclinada a consumir cervejas e, quando optam por vinhos, preferem brancos, rosés ou tintos leves, em vez dos tradicionais vinhos tintos.
Além disso, as exportações de vinho francês caíram 10% em 2023, uma situação agravada pela diminuição das compras da China, aumentando ainda mais a preocupação dos produtores.
Medidas para estabilização do mercado
A expectativa é que os incentivos financeiros ajudem a estabilizar o mercado em meio a essa crise profunda, permitindo uma reestruturação necessária para o setor. Com essas ações, o governo busca reverter a tendência de queda e apoiar os viticultores que enfrentam desafios sem precedentes na indústria do vinho.