Em Brasília, auditores fiscais do trabalho fizeram um protesto em frente ao Supremo Tribunal Federal. Os manifestantes lembraram os três auditores fiscais e o motorista assassinados em 2004. Na época, eles fiscalizavam propriedades no município de Unaí (MG). O protesto terminou com centenas de balões pretos jogados para o céu pedindo o julgamento dos acusados pelo crime.
De acordo com a Comissão Pastoral da Terra, fundada pela Igreja Católica, na região Sudeste do país, 1310 trabalhadores foram retirados do regime de escravidão em 2009; no Centro-oeste foram 972; no Nordeste, 874; na região Norte, 368 casos; e no Sul, 315 pessoas foram libertadas. É uma violência que nos últimos 14 anos atingiu mais de 38 mil brasileiros.
Mais da metade dos casos de escravidão no trabalho acontecem em Estados que pertencem à Amazônia Legal. Por causa da distância, os fiscais têm mais dificuldade de acesso às propriedades. O isolamento aumenta a impunidade.
As maiores queixas dos trabalhadores são sobre alojamentos precários, falta de acesso à água potável, alimentação ruim e condições precárias de higiene. O governo comemora o crescimento do combate feito nos últimos anos.