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Mais da metade dos casos de escravidão no trabalho estão na Amazônia Legal

Centenas de pessoas discutiram nesta quinta maneiras de diminuir este tipo de violênciaO Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo foi lembrado nesta quinta, dia 28. A data foi escolhida em homenagem a um grupo de fiscais mortos em fazendas de Minas Gerais. Centenas de pessoas discutiram maneiras de diminuir este tipo de violência.

Em Brasília, auditores fiscais do trabalho fizeram um protesto em frente ao Supremo Tribunal Federal. Os manifestantes lembraram os três auditores fiscais e o motorista assassinados em 2004. Na época, eles fiscalizavam propriedades no município de Unaí (MG). O protesto terminou com centenas de balões pretos jogados para o céu pedindo o julgamento dos acusados pelo crime.

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra, fundada pela Igreja Católica, na região Sudeste do país, 1310 trabalhadores foram retirados do regime de escravidão em 2009; no Centro-oeste foram 972; no Nordeste, 874; na região Norte, 368 casos; e no Sul, 315 pessoas foram libertadas. É uma violência que nos últimos 14 anos atingiu mais de 38 mil brasileiros.

Mais da metade dos casos de escravidão no trabalho acontecem em Estados que pertencem à Amazônia Legal. Por causa da distância, os fiscais têm mais dificuldade de acesso às propriedades. O isolamento aumenta a impunidade.

As maiores queixas dos trabalhadores são sobre alojamentos precários, falta de acesso à água potável, alimentação ruim e condições precárias de higiene. O governo comemora o crescimento do combate feito nos últimos anos.

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