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Mais 39 mil cisternas serão instaladas para amenizar seca no Nordeste

Programa do governo federal pretende minimizar efeitos da secaNeste domingo, o mundo comemora o dia da água, um recurso que está cada vez mais escasso. No Brasil, a população do Nordeste conhece esse problema há muito tempo. Moradores do semi-árido chegam a ficar sem chuva oito meses do ano. Um programa do governo federal, que promove a construção de cisternas para captar a água da chuva, quer minimizar os efeitos da seca.

Lançado em 2003, o programa cisternas já construiu mais de 226 mil reservatórios na região do semi-árido brasileiro. A meta é chegar a um milhão até 2015.

No ano passado, o programa teve um orçamento de R$ 75,5 milhões e construiu mais de 25,5 mil reservatórios. Para este ano, os recursos aumentaram para R$ 80,3 milhões, e a meta é instalar 39,5 mil cisternas.

A diretora da Secretaria de Segurança Alimentar do Ministério de Desenvolvimento Social explica que o projeto utiliza uma tecnologia popular para captar e armazenar a água da chuva. Segundo ela, a maior parte das cisternas tem capacidade para 16 mil litros de água e são exclusivas para o consumo.

? O tamanho do reservatório que é construído possibilita que a família possa, durante os meses que dura a seca no semi-árido, ter água para comer, escovar os dentes, fazer a higiene básica ? afirmou Neila Batista, do Ministério do Desenvolvimento Social.

Desde 2005, o programa passou também a construir reservatórios voltados à produção de alimento, já que a maioria da população atingida vive da agricultura de subsistência.

? A gente trabalha com a família para garantir o acesso à água, para garantir que ela, naquele espaço de terra ela possa ter uma produção, que inicialmente seja para autoconsumo, mas que em alguns casos, essa produção possa ter um excedente que pode ser comercializado, o que ocorre efetivamente ? disse Neila.

Segundo o ministério de desenvolvimento social, a prioridade é atender regiões dos territórios da cidadania e moradores cadastrados no Bolsa Família nos Estados do Nordeste. Os agricultores atendidos não pagam nada para o governo, mas precisam participar da construção das cisternas e se responsabilizar pela manutenção do reservatório e pelo manejo da água.

Para Moisés Balestro, cientista social da UnB, este é o caminho para garantir o acesso dos nordestinos à água. Ele explica que na época da ditadura, o governo construiu grandes açudes na região, o que beneficiava apenas as grandes propriedades e priorizava a produção de alimentos e não o consumo humano.

? Se trabalha com a idéia de descentralizar a captação da água e, desta forma, por meio das cisternas, consegue que propriedades extremamente pequenas, minifúndios tenham também acesso à água para consumo direto e também para produção de alimentos ? explicou Balestro.

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