O tema recebeu atenção em janeiro de 2002, quando o Artigo 53, do Decreto 4.074, determinou que “usuários de agrotóxicos e afins devem efetuar a devolução das embalagens vazias e respectivas tampas aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos”. Antes disso, no ano 2000, um projeto inédito da cadeia produtiva do tabaco já percorria regiões produtoras recolhendo as embalagens. Carlos Sehn, coordenador do programa, comemora os resultados obtidos.
– Até o momento foram mais de 9,1 milhões de embalagens recolhidas, sendo 1,7 milhões no último ciclo (2011/2012). Por serem agricultores diversificados, os produtores de tabaco tem também a oportunidade de entregar as embalagens de produtos que foram utilizadas em outras culturas. Aos produtores que aderem ao programa são fornecidos recibos, fundamentais para apresentação aos órgãos de fiscalização ambiental – avalia.
De acordo com pesquisa realizada pela Faculdade de Engenharia Agrícola de Pelotas/RS (UFPEL), em abril de 2008, a cultura do tabaco utiliza 1,1 kg de ingrediente ativo por hectare. Em plantações de outras culturas, como a do tomate, por exemplo, o número sobe para 36 quilos por hectare.
ROTEIROS
Uma equipe terceirizada percorre roteiros previamente estabelecidos e elaborados de acordo com a concentração de produtores de tabaco em cada município e região. As rotas e o calendário estão disponíveis no site com detalhamento de localidades, pontos de coleta, data e horário em que os produtores poderão levar suas embalagens tríplices lavadas e flexíveis. Os roteiros são divulgados antecipadamente em rádios e por meio de convites individuais entregues aos produtores pelos orientadores das empresas, além de cartazes distribuídos nas comunidades. Até 15 de janeiro, o programa percorre o Sul e o Litoral gaúcho, abrangendo 45 municípios.