Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Mandiocultura tem potencial para entrar no mercado externo

Para conselheiro da Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (Abam), Ivo Pereira Junior, o setor precisa se organizar para ampliar participação na produção mundialNo último dia 22, comemorou-se o Dia Nacional da Mandioca. Cozida e frita, farinha torrada, pãozinho francês e massas em geral, o alimento, comprado no mercado ou plantado em casa, é uma das principais fontes de carboidratos de uma parte significativa da população brasileira. A alta produtividade em relação a outros alimentos, condições naturais e a flexibilidade da época de colheita fazem do Brasil o segundo maior produtor do alimento no mundo, com 12,5% da produção mundial.

Criada pela Embrapa em 2007, a data coincide com o descobrimento do Brasil devido à relevância da raiz, encontrada pelos portugueses logo em 1.500. Para oficializar o Dia Nacional da Mandioca, atualmente tramita na Câmara Federal um projeto de lei de autoria do deputado federal Fernando Melo, do Acre. Estima-se que as atividades ligadas ao cultivo da mandioca e seu processamento gerem aproximadamente um milhão de empregos diretos.

Para o conselheiro da Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (Abam), Ivo Pierin Junior, o setor pode comemorar hoje um consumo interno consolidado.

? Ao contrário da produção, que está estacionada, o consumo mantém-se consolidado e tem potencial para crescer ainda mais. Tudo que o Brasil produz, hoje, é consumido pela própria população ? diz.

Hoje, o país figura como o segundo maior produtor mundial da raiz, atrás da Nigéria. A atual produção brasileira gira em torno de 25,5 milhões de toneladas, o equivalente a 60% da quantidade da Nigéria.

Ivo defende maior participação do Brasil no mercado internacional.

? Para atender o mercado externo, precisamos criar um excedente de produção. O Brasil tem capacidade para atender a todas as exigências, como qualidade e oferta constante, basta que se prepare ? afirma.

Para Ivo, a mandiocultura é o setor mais democrático.

? Tem mercado para todos, tanto para o grande quanto para o médio e pequeno produtor. Todos têm oportunidade de crescer, diferentemente do que acontece com o feijão e a soja.

Segundo estudo de mercado do Sebrae sobre o setor, o Nordeste é a principal região produtora de mandioca, com 35,9% da produção nacional; o Norte é responsável por 25,2%, e o Sul, por 23,1%. Consequentemente, os cinco maiores estados produtores pertencem às três regiões: Pará, Bahia, Paraná, Maranhão e Rio Grande do Sul. Em termos de produtividade o Paraná atinge um índice significativo (21,4 toneladas/hectare), ficando atrás apenas de São Paulo (23,2 toneladas/hectare).

A produção do Nordeste conta com presença de centenas de ‘casas de farinha’, dedicadas à produção de pequenos volumes, tanto seca quanto d’água. O produto é consumido quase exclusivamente na própria região. Já a quantidade gerada nas Regiões Sul e Sudeste destina-se predominantemente ao processamento industrial, para a produção de farinha, fécula e outros derivados. Estes são utilizados na indústria alimentícia e em outras aplicações.

Sair da versão mobile