Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Manejo adequado é a forma mais eficiente de controlar plantas tigueras

Cuidados com perdas de grão na colheita e aplicação correta de herbicidas também auxiliam em um controle corretoO milho que brota espontaneamente na lavoura de soja, em cultivo sucessivo, pode se tornar um problema para a lavoura. As plantas que persistem no campo competindo com a cultura sucessora são chamadas tigueras e estão mais resistentes devido à modificação genética. Os agricultores que adotam o sistema de produção que tem a soja seguida do milho segunda safra vão ter um novo desafio: controlar a presença do milho durante a cultura da soja.

Fonte: Yvi Leise/Embrapa

Neste caso, os pesquisadores recomendam investir em manejo. O problema ocorre pela impossibilidade de eliminar o milho com o agroquímico glifosato. No caso da soja, mais de 90% dos 31 milhões de hectares cultivados no Brasil utilizam sementes de plantas geneticamente modificadas para a resistência ao herbicida.

Com o milho segunda safra também resistente, ele pode virar uma planta competidora com a soja e de difícil combate. 

– Aqueles grãos de milho modificado que sobrarem da colheita poderão germinar e se comportar como uma planta daninha para a cultura da soja–  alerta o pesquisador da Embrapa Soja, Fernando Adegas.

Ainda de acordo com Adegas, o poder de competição do milho é bastante elevado e pode causar redução na produtividade na soja em até 50% caso tenha duas ou três plantas por metro quadrado.

As tigueras

O milho é apenas um exemplo. Como no Brasil os plantios são sucessivos, isto é, depois da soja, planta-se o milho, o algodão ou o trigo, os grãos que caem durante a colheita de uma cultura podem germinar durante o ciclo da cultura seguinte.   

São as chamadas plantas tigueras, ou seja, o aparecimento voluntário de plantas da cultura antecessora, como a soja, por exemplo, na cultura subsequente, como o milho e vice-versa. Se essas duas culturas tiverem o gene RR, o manejo se torna mais complicado.

– As perdas na colheita, o transporte dos grãos, o manejo inadequado do herbicida durante a semeadura e o cultivo repetido de culturas RR são alguns fatores que podem causar o aparecimento de plantas tigueras – esclarece o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo em Minas Gerais, Décio Karam

O pesquisador ainda alerta para outro agravante. As plantas tigueras, além de competir com a cultura sucessora, podem também servir de hospedeiras para insetos-praga e para microrganismos causadores de doenças no período de entressafra.

Manejo 

O primeiro passo para diminuir os problemas com as plantas tigueras é a realização de uma colheita eficiente, com o menor percentual possível de perdas de grãos. No entanto, quando ocorrer o problema, a indicação do pesquisador Fernando Adegas é a de que os produtores controlem o milho com um herbicida que tenha um mecanismo de ação diferente do glifosato.

– O ideal é fazer o controle antes da semeadura ou logo após a emergência da soja, quando as plantas do milho estão pequenas – explica Adegas.

Segundo o pesquisador, os graminicidas são uma alternativa para o controle de milho RR em lavouras de soja. No entanto, o pesquisador alerta que essa operação pode ter um custo mais elevado do que o controle de todo o complexo de plantas daninhas da soja, que normalmente utiliza o glifosato.

– Outra opção de manejo é a utilização do método mecânico, ou seja, capinar as plantas de milho, quando estiverem pequenas – sugere Fernando.

Sair da versão mobile