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Manifestantes mantêm ocupação na sede do Incra no Maranhão

Protesto reivindica a análise e vistoria do Incra em processos de terras da União, propícias à reforma agrária, que se arrastam há mais de sete anosTrabalhadores rurais decidiram permanecer acampados por tempo indeterminado na Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Maranhão e na Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar (Sedes), na capital São Luís, depois que as negociações por regularização fundiária no Estado não avançaram.

No início da tarde desta quarta, dia 19, o superintendente José Inácio Sodré Rodrigues iniciou uma reunião de negociação com os trabalhadores rurais. Os protestos iniciaram na terça e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) informou que cerca de 600 pessoas estão no Incra e mais de 400, na Sedes.

– Estamos esperando mais 1.500 pessoas. A conversa com o Incra não avançou. O superintendente do órgão não deu uma resposta que contemple a pauta. Então, estão vindo mais trabalhadores para se concentrar aqui por tempo indeterminado – informou o secretário de Política Agrária da Contag, Zenildo Pereira Xavier.

A pauta central dos trabalhadores rurais continua sendo a questão fundiária, informou Zenildo. Segundo ele, existem muitas áreas no Maranhão que são da União, propícias à reforma agrária, mas o Incra não faz vistoria e os processos se arrastam há mais de sete anos, sem uma resposta para as famílias que esperam ser assentadas.

Outras áreas, destacou o secretário da Contag, estão em mãos de grileiros e deveriam também ser destinadas à reforma. Ele também denuncia a violência no campo e a falta de proteção aos trabalhadores.

– Os trabalhadores são ameaçados. São conflitos nessas áreas, relativos à disputa pela terra. Em todo o estado do Maranhão há um conflito muito intenso, com a violência resultante do conflito agrário. Estamos esperando que tanto o Incra quanto os governos do estado e federal nos ajudem para evitar que mais trabalhadores percam a vida em defesa de um projeto que também é papel do Estado – disse.

Nas estimativas de Zenildo Pereira, a demanda para a reforma agrária no Maranhão é superior a cinco milhões de hectares. Segundo ele, a proposta do Incra não atende nem a um terço da demanda dos trabalhadores rurais. Um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial.

– Acredito que temos mais de 400 mil famílias acampadas aguardando a liberação dessas áreas. O Maranhão é um dos maiores Estados em questão de publico demandante para a reforma agrária – garantiu.

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