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Manifestos organizados pelo MST marcam quarta em todo o Brasil

Trabalhadores rurais também pediram agilidade no processo de reforma agrária no paísManifestos organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) marcaram esta quarta, dia 17, em todo o Brasil. Os protestos fazem parte do Abril Vermelho, jornada de lutas para lembrar os 21 trabalhadores rurais sem terra mortos no Massacre de Eldorado dos Carajás pela Polícia Militar do Pará, há 17 anos.

Em Brasília, os manifestantes percorreram pela manhã a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), pedindo o fim da impunidade no campo. Os manifestantes – estimados em 500 pela Polícia Militar e pelo MST – saíram por volta das 7h do acampamento onde estão alojados, no Setor de Indústria e Abastecimento, e caminharam até o Supremo Tribunal Federal, onde fizeram uma pausa às 9h40, para homenagear os trabalhadores mortos.

Além de lembrar os mortos, os manifestantes pedem agilidade no processo de reforma agrária. Segundo o movimento, há em todo país 150 mil famílias acampadas e 69 mil grandes propriedades improdutivas. Às 10h20, os manifestantes deixaram o STF e se dirigiram ao Ministério da Justiça, onde pedirão uma audiência para tratar da impunidade no campo e dos processos judiciais que, segundo eles, impedem a aquisição de 193 áreas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Em parceria com servidores do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), os manifestantes distribuíram duas toneladas de alimentos produzidos em acampamentos e projetos de assentamento. Foram entregues cerca de 800 sacolas com quiabo, feijão-de-corda, mandioca, batata-doce, chuchu, abóbora e abobrinha verde.

– A luta por essa reforma não é só uma luta política, mas também tem o objetivo de deixar claro que os assentamentos da reforma agrária, do Incra e da agricultura familiar produzem alimentos de qualidade, sem agrotóxico e sem causar mal a quem os consome – afirmou Reginaldo Marcos Aguiar, diretor da Associação dos Servidores da Reforma Agrária em Brasília.

Em Pernambuco, 12 rodovias foram bloqueadas, segundo o movimento. Em Porto Alegre, a Secretaria Estadual de Educação foi ocupada por trabalhadores sem terras que pedem maior investimento governamental na educação. Em Fortaleza, os manifestantes ocuparam a sede do Departamento Nacional das Obras contra as Secas, para negociar a situação de camponeses afetados pela estiagem.

No Rio de Janeiro, os sem-terra protestaram em frente à Superintendência Estadual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para exigir um plano emergencial para assentamento de 150 mil famílias em todo o país. Cantando músicas e carregando bandeiras e com os dizeres “Chega de Violência no Campo” e “Queremos Reforma Agrária Já”, o grupo, com cerca de 200 pessoas, começou a passeata no bairro da Glória, na zona sul, e seguiu até a sede da companhia Vale, no centro da cidade, onde se juntou à manifestação organizada pela Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale. A manifestação foi acompanhada por homens da Guarda Municipal e parou o trânsito na região.

– Estamos neste mês de abril inteiro cobrando da presidenta Dilma Rousseff uma medida em relação aos assentamentos. A discussão pela reforma agrária está parada, então é importante nós acionarmos, tanto o Poder Judiciário como o governo para termos a obtenção de terras e a realização desses assentamentos –  disse o representante do diretório nacional do MST, Marcelo Durão, durante protestos no Rio de Janeiro.

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