Mantega diz que qualificação de mão de obra é desafio para fazer Brasil continuar crescendo

Primeira reunião do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC) no governo Dilma RousseffO ministro da Fazenda, Guido Mantega, encontrou com empresários, nesta quarta, dia 2, para a primeira reunião do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC) no governo Dilma Rousseff. Durante a conversa, o ministro disse que os principais desafios para o país continuar crescendo são melhorar as contas externas, resolver problemas com o câmbio e qualificar a mão de obra.

? Um dos gargalos que podemos ter para a continuação do crescimento do país é a escassez de mão de obra com a qualificação adequada. Então, temos que juntar esforços e implantar no país um grande programa de qualificação de mão de obra ? afirmou.

Segundo o ministro, investir em qualificação é prioritário para inserir no mercado de trabalho cidadãos que estão desempregados.

Já em relação ao déficit em transações correntes, Mantega ressaltou a importância de melhorar o desempenho das exportações brasileiras diante das importações. O déficit em transações correntes do Brasil, em 2010, foi negativo em US$ 47,518 bilhões, o equivalente a 2,28% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado é o maior da série histórica em termos nominais e é praticamente o dobro do registrado em 2009, que foi de US$ 24,3 bilhões, o equivalente a 1,52% do PIB.

? Temos de fazer com que as exportações cresçam mais do que as importações. Não podemos permitir que haja um aumento do déficit em conta corrente ? disse o ministro.

Ele reconheceu que o dólar desvalorizado atrapalha o saldo da balança comercial e destacou a necessidade de estimular a indústria manufatureira a exportar.

O Grupo de Avanço da Competitividade (GAC) foi fundado em 2009, durante a crise financeira internacional. Quando o grupo foi criado tinha outro nome: Grupo de Acompanhamento da Crise. Mantega chama a fase atual de “pós-crise” e a classifica como o período em que o Estado tem que fazer um esforço de redução de gastos de custeio e impedir novos gastos. Assim, segundo ele, abre-se espaço para desonerações e redução da taxa de juros.

Além de Mantega, participaram da reunião com representantes da indústria o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.