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Mão de obra no campo: mecanização das lavouras de café é saída para escassez de trabalhadores em Minas Gerais

Secretaria da Agricultura de Patrocínio aponta que no maior produtor do grão no país há dificuldade em atender à demanda de trabalhoA falta de mão de obra básica no campo, principalmente para as atividades temporárias no café, como plantio e colheita, faz com que produtores invistam cada vez mais na mecanização. Em Patrocínio (MG), são cinco mil pessoas trabalhando na cultura, conforme a Secretaria de Agricultura do município. Entretanto, durante a colheita, de maio a outubro, os cafezais geram 20 mil vagas. De acordo com o secretário Osmar Pereira Nunes Junior, há dificuldade em atender à demanda, mesmo com salários mais va

– Com o aquecimento e crescimento das construções do setor civil, nós estamos tendo uma dificuldade com a mão de obra. Principalmente com a colheita, que começa agora por meados de maio, início de junho. A mão de obra da região ficou mais cara e mais escassa. Com isso, a gente traz algum pessoal de fora. Hoje nós estamos já com colheitadeira, com recolhedora de café de solo. Com isso, cada dia mais, estamos procurando mecanizar, porque esta mão de obra está, sim, difícil e cara – afirma.

O município de Patrocínio é o maior produtor de café do país. São 850 propriedades, 700 cafeicultores, 35 mil hectares plantados, de acordo com o órgão. A produção da próxima safra deve ultrapassar 810 mil sacas. Na fazenda Serra Negra, segundo o gerente, Jorge Kitaya, a frota de tratores renovada está pronta para safra. Em uma área de 1 mil hectares, 400 funcionários realizam o trabalho. A mecanização possibilitou que a extensão do cafezal fosse dobrada, sem alterar o número de trabalhadores.

– O parque de máquinas no geral tem que melhorar muito. O aperfeiçoamento ainda não está legal. O pessoal também não tem muito preparo técnico. Muitos não têm interesse em aprender e o mercado é difícil. É muito café, ocupa muita gente e fica uma concorrência de pessoal – diz.

Todos os anos, é feito o plantio de novas áreas ou apenas renovação de parte do cafezal, entre dezembro e final de fevereiro. O cafeicultor Kássio Fonseca acredita que teve sorte ao conseguir uma equipe para executar o plantio manual de 16 hectares. 

– De certa maneira, eu dei sorte, porque eu consegui preparar minha terra mais cedo. Consegui que as mudas ficassem prontas mais cedo e arrumei uma turma para fazer o plantio. Como minha área é pequena, eu não precisei de uma turma grande. Foram 35 pessoas e paguei em média R$ 45,00 a diária. Se eu precisasse de mais gente, não conseguiria quem deixou para a próxima semana, próximo mês. No mês de janeiro, teve uma demanda muito grande de gente e não tinha oferta de mão de obra para poder cumprir – relata.

Confira a reportagem especial:

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