Mão de obra no campo: produtores de frutas do Nordeste temem escassez de trabalhadores

Migração para outros setores e programas sociais provocaram queda na procura por vagas na agriculturaProdutores de frutas do Vale do São Francisco, na Nordeste, temem a escassez de mão de obra no campo. A demanda por trabalhadores no setor é grande e a impossibilidade de substituição por máquinas deixa a situação preocupante. Além disso, as migrações para outros setores e os benefícios dos programas sociais do governo diminuíram a procura por vagas na região.

No período de safra, o Vale do São Francisco chega a empregar até 200 mil pessoas, principalmente na cultura da uva. A região é um dos principais polos de fruticultura do país, já que consegue produzir o ano inteiro, o que garante demanda de emprego em qualquer época. Entre os meses de maio e outubro, com a safra da uva, o número de contratados chega a triplicar.

A sazonalidade do mercado de trabalho no campo faz com que os trabalhadores busquem setores com menos variações. A construção civil é o primeiro na lista de opções dos trabalhadores rurais. Com a falta de mão de obra, empresas apelam para vantagens no ambiente de trabalho e aumento nos salários.

Outro fator que está contando para o esvaziamento do setor são os programas, como o Bolsa Família e o Chapéu de Palha, do governo de Pernambuco, que garante um seguro-desemprego ao trabalhador da fruticultura.

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