Uma operação de fiscalização resultou na apreensão de 488 toneladas de fertilizantes com suspeitas de falsificação.
Foram apreendidos:
- 34 toneladas de fertilizantes tipo ureia a granel e 21 toneladas em sacas de 50 kg;
- 20 toneladas de fertilizante tipo MAP (fosfato monoamônio) a granel;
- 399 toneladas de fertilizantes em big bags, cada uma contendo 1 tonelada;
- 14 toneladas de sal comum em sacos de 20 kg;
- Ainda foram encontradas 108 big bags com suspeita de ser sal grosso com corante vermelho, e outros produtos tipo fertilizante com indícios de presença de óleo.
Além das suspeitas de fraude dos produtos, a empresa que estava manipulando, embalando e comercializando os fertilizantes não possuía registro no Mapa, nem na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), órgão de fiscalização do governo do estado.
O estabelecimento não tinha licenças ambientais e estava operando sem um responsável técnico.
Os produtos armazenados num barracão não apresentavam qualquer identificação.
A falta de registros dos produtos e do estabelecimento no Mapa configura grave desobediência aos artigos 5.º e 8.º do Decreto 4954/2004, que são as premissas básicas da legislação de fertilizantes no Brasil.
“Descumprindo essas premissas, o estabelecimento descumpre todas as demais exigências previstas no arcabouço regulatório da fabricação e comercialização dos fertilizantes, porque somente o registro nos órgãos fiscalizadores possibilita que estes produtos sejam formulados, produzidos, manipulados e comercializados de forma segura para o uso do consumidor final”, explicou Adriana Casagrande, auditora fiscal federal agropecuária, que participou da operação.
Os produtos apreendidos não poderão ser movimentados sem a autorização do Mapa até o julgamento do processo administrativo.
Os fertilizantes ilegais, sem registro no Mapa, constituem risco para a agropecuária, pela ausência de procedência e eficácia do produto.
Por este motivo, o Ministério orienta ao produtor rural a sempre buscar conhecer a origem dos insumos adquiridos e evitar comprar fertilizantes de fontes duvidosas.
Sem o registro no Ministério, não há como garantir a qualidade e efetividade dos produtos.
A operação de fiscalização foi realizada na última terça-feira (20), no município de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba (PR), em uma ação conjunta entre a equipe da Fiscalização e Sanidade Vegetal (Sisv) da Superintendência Federal de Agricultura do Paraná (SFA/PR) do Mapa, Agência de Defesa Agropec euária do Paraná (Adapar), Receita Federal, Receita Estadual do Paraná, Instituto Água e Terra (IAT), Delegacia da Polícia Civil de Pinhais e da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba.