Um deles está exposto na Agrishow. Trata-se de um trator para grandes lavouras. Além de potente, conta com câmbio automático, suspensão na cabine e uma performance altamente superior. A feira também apresenta máquinas que otimizam o trabalho. Um equipamento com sistema de esteiras móveis que se adaptam aos mais diversos tipos de terrenos é um dos destaques. Ele ajuda a diminuir perdas na colheita de grãos. O ganho nas lavouras de soja, conforme o fabricante, é de, no mínimo, 60 quilos por hectare.
Sistemas de irrigação por telemetria e gravidade são atração
Vedete do campo após a seca que prejudicou a safra de grãos de verão no Rio Grande do Sul, a irrigação atrai boas perspectivas de negócios na feira. Entre as atrações, estão sistemas de controle por telemetria dos pivôs (equipamentos por onde sai a água que irriga o campo) e modelos sustentáveis por gravidade que eliminam o uso de energia elétrica.
A Fockink aposta em praticidade. Levou à feira um software capaz de ligar, desligar e monitorar os pivôs de irrigação na lavoura via computador. E tem mais: caso haja algum imprevisto no campo, o sistema dispara um alerta virtual para o celular do agricultor. Com preço inicial estimado em R$ 20 mil, a tecnologia também gera relatórios do uso dos pivôs e permite analisar o ganho em produtividade a partir da quantidade de água aplicada.
O sistema também permite reduzir o tempo de operação e manejo dos pivôs, além de poder ser controlado por uma única pessoa. De acordo com a Fockink, o avanço da tecnologia é um bônus para os negócios já aquecidos do segmento. No primeiro trimestre do ano, as vendas foram 45% superiores às do mesmo período de 2011. A procura por produtos é até 80% maior – segundo a empresa, isso é um reflexo da seca.
– O agricultor não pode controlar o clima, mas sabe que a irrigação traz a segurança que falta para plantar sem medo – observa Ragde Venquiarutti Paz, da área de marketing da empresa.
Vem de Israel outra atração tecnológica da Agrishow: a irrigação por gravidade. Destinado a áreas de 500 a dois mil metros quadrados, o kit de irrigação familiar produzido pela Netafim atende a pequenos agricultores. O sistema por gotejamento, aplicado na África e no nordeste brasileiro, tem novidades à vista. Em até três meses será lançado um módulo para até um hectare. A previsão é que o custo seja inferior a R$ 1,00 por metro quadrado.
Ativado por gravidade com uso de uma caixa d´água, o kit dispensa o uso de energia elétrica. Ao proporcionar o fornecimento controlado de água em quantidade suficiente e no momento certo, o sistema assegura produtividade 50% maior, em média. A Netafim também garante que o produto traz economia de até 40% em água, fertilizante e defensivos agrícolas em relação a outros métodos de irrigação.
Com atuação focada em cana de açúcar, café e citrus, a Netafim está de olho no mercado do Sul do Brasil. A ideia é expandir os sistemas inovadores de irrigação para culturas como a soja, por exemplo.
– A irrigação garante resultado e faz com que o produtor não fique refém do clima – afirma Igor Freitas, gerente de Marketing da Netafim.