? São varias questões importantes colocadas na pauta que a gente diz que não é para um ano, é para quatro anos, vai além. Mas é importante que se discuta um projeto de pauta que é pensar o Brasil, o desenvolvimento ? observou Luci Choinak, deputada federal (PT-SC).
A Marcha das Margaridas está na sua quarta edição e tem esse nome em alusão ao assassinato, em 1983, de Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB). A expectativa é que nessa quarta, 17, cem mil mulheres participem do protesto organizado pelo grupo na Esplanada dos Ministérios.
A secretária das Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Carmen Foro, ressaltou que é grande a ansiedade para o encontro com a presidente Dilma Rousseff. A manifestante destacou que os problemas enfrentados pelas trabalhadoras rurais são cada vez mais maiores. O combate à violência na zona rural é um dos itens que está na pauta entregue há um mês ao governo federal.
? O aumento do orçamento para o acesso a terra, para assistência técnica, para o tema do enfrentamento da violência, o fortalecimento da agricultura familiar e da produção de alimentos saudáveis.
A agricultora Maria do Rosário Barba viajou mais 10 horas de barco, ônibus e avião. Veio da reserva extrativista Rio Jumá, no Amazonas. Assim como 20% das lideranças femininas do campo, ela convive com ameaças.
? Para a gente lá é uma relação de abandono. Já tivemos problemas de tocarem fogo em casa de trabalhadores e lideranças por conta da reivindicação dos nossos direitos ? disse Maria do Rosário.
Nessa quarta, dia 17, as agricultoras vão percorrer a Esplanada dos Ministérios. À tarde, elas serão recebidas pela presidente Dilma Rousseff, que deve anunciar quais reivindicações serão atendidas.