O levantamento anual da Abiove mostra que o Mato Grosso apresentou a maior expansão na capacidade instalada para o processamento de soja no Brasil.
O aumento foi de 13%, passando de 32,3 mil toneladas por dia em 2009 para 36,6 mil toneladas/dia em 2010. O Paraná, que liderava o processamento de soja, teve aumento de 4% na capacidade instalada, de 34.150 toneladas/dia em 2009 para 35.645 toneladas/dia no ano passado. No Rio Grande Sul, a capacidade aumentou 7% e atingiu 30,4 mil toneladas/dia, ante 28,5 mil toneladas/dia em 2009.
A capacidade total de processamento de soja no país, reportada pela Abiove para o ano de 2010, foi de 176.834 toneladas/dia, sendo que deste total 145.825 toneladas/dia referem-se à capacidade ativa e 31.009 toneladas/dia foram declaradas paradas temporariamente.
Comparada com a capacidade total de processamento em 2009, que somou 165.299 toneladas/dia, a pesquisa atual constatou um aumento de 7%, ou de 11.535 toneladas/dia.
Segundo a Abiove, parte significativa do aumento da capacidade instalada registrada no ano passado pode ser atribuída à expansão das unidades industriais já existentes, à inauguração de uma unidade de processamento em Passo Fundo (RS), e à inclusão de plantas não consideradas na pesquisa anterior, localizadas nas cidades de Cambé (PR), Araguari (MG), Vilhena (RO) e Alto Araguaia (MT).
A pesquisa feita pela Abiove entre 59 empresas constatou que existem 115 unidades industriais de processamento, das quais 86 estão ativas e outras 29 paradas ou desativadas.
No segmento de refino do óleo de soja foram pesquisadas 35 empresas, que totalizam 63 unidades industriais, das quais 46 estão em operação e outras 17 paradas ou desativadas.
No segmento de envase do óleo de soja, existem 30 empresas, que totalizam 49 unidades industriais, das quais 34 estão em atividade e outras 15 paradas ou desativadas.
Pelos cálculos da Abiove, considerando o período de 330 dias de processamento por ano, a capacidade nominal instalada de processamento de oleaginosas no país em 2010 totalizou 58,35 milhões de toneladas/ano. Excluindo as unidades paradas, a capacidade nominal passa para 48,12 milhões de toneladas/ano.