A colheita da safra 2016/2017 atingiu na primeira semana de março 78,35% das áreas já colhidas em Mato Grosso. Com esse percentual a safra atual apresenta-se 12,49% à frente da safra 2015/2016 neste mesmo momento. Os dados são do Instituto Matrogrossense de Economia Agropecuária (Imea).
A região médio-norte segue como a mais avançada, com 93,56% das áreas já colhidas, e por isso o ritmo a campo na última semana foi reduzido em relação às demais regiões. A região oeste, segunda maior em percentual de área já colhida, registrou a segunda menor variação semanal da colheita, 10,33 p.p., devido aos elevados volumes de chuvas durante alguns dias da semana.
Já as demais regiões apresentaram variações semanais de colheita superiores à média de MT. Com os elevados volumes de chuvas em grande parte do Estado, em algumas regiões há registros de soja avariada, no entanto, ainda assim, a produtividade ponderada pelas áreas colhidas até o momento apresenta boa média, superando as safras anteriores.
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Custo menor, risco não
Com grande parte da safra 2016/2017 da soja fora do campo no estado, os agricultores mato-grossenses já realizam neste momento a compra de insumos da safra 2017/2018. O cenário observado até agora traça uma melhora no que tange ao custo de produção total da próxima safra, que foi reduzido para R$ 3.473,35/ha na média de MT, representando um recuo de 5,7% em comparação com a safra 2016/2017.
Apesar disso, nem tudo são “flores” para a nova safra, isso porque o preço da paridade de exportação para março/18 neste momento registra um recuo de 9%, superando a queda do custo de produção, o que reflete diretamente na relação de troca de insumos, custo variável e também no custo total para o próximo ano. Caso os patamares dos preços para 2018 não se elevem no decorrer do ano, isso significaria uma maior necessidade de ganhos a campo (produtividade) para a nova safra de soja em Mato Grosso apresentar melhor margem de lucro ao produtor.
