Expectativa é da associação dos produtores, que esperam um bom clima para garantir o aumento na produção
O Mato Grosso do Sul deverá superar 7 milhões de toneladas de soja na safra 2015/2016, um crescimento de produção estimado em 3%. A previsão é da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MS) no momento em que os produtores se preparam para o plantio. A consultoria Safras & Mercado, em seu último levantamento, também aposta neste número.
Com o fim do vazio sanitário, o que abre o período de semeadura, os agricultores esperam um clima propício para iniciar o ciclo, o que deve acontecer a partir de 25 de setembro. No que depender do tempo, a previsão dos meteorologistas é boa. O fenômeno El Ñino deve trazer chuvas de verão, clima considerado ideal na fase de desenvolvimento das lavouras.
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Na fase de pré-plantio do grão, a equipe técnica da Aprosoja-MS, composta por oito técnicos, já deu início às visitas nas propriedades, que seguem até março de 2016. As amostras coletadas em todas as fases de desenvolvimento do vegetal são divulgadas através do Sistema de Informação Geográfica e Agronegócio do Mato Grosso do Sul (Siga MS). A ferramenta de monitoramento permite que o produtor e outros interessados acompanhem o andamento das lavouras do estado.
– É preciso que o plantio ganhe corpo para então falarmos em números recordes de soja. De qualquer forma, mesmo diante de contratempos como a alta nos preços dos insumos, por exemplo, o agricultor trabalha para colher mais e melhor e por isso a estimativa inicial já supera os 6,8 milhões de toneladas e a área de 2,3 milhões de hectares registrados na última safra – explica o presidente da Aprosoja-MS, Christiano Bortolotto.
Mais produtividade
O sojicultor Reginaldo Poiati, de Sidrolândia, é um dos que vai iniciar o cultivo do grão no final do mês e já adianta que manterá a mesma área, de 1,7 mil hectares, porém com pretensão de aumentar a produtividade.
– Estou com tudo pronto para plantar. Só espero que chova mais um pouco e que o frio não volte. Vou entrar com adubação mais intensa que na última temporada, quando colhi em média 55 sacas por hectare, para colher 60 sacas – explica.
Além de contar com o clima e investir em insumos, para alcançar a meta o produtor aplicará também a técnica de controle biológico de pragas. A tecnologia será aplicada em 120 hectares da área cultivada. Através de meios naturais, como por exemplo insetos predadores, a a população de organismos considerados inimigos no desenvolvimento das lavouras será combatida.
Com informações da Aprosoja-MS.