A usina de açúcar e álcool também declarou débitos fiscais de R$ 30,342 milhões. As dívidas trabalhistas seriam da ordem de R$ 1,693 milhão, que deverão receber prioridade no pagamento durante o processo. As dívidas com fornecedores foram declaradas em R$ 132,648 milhões. São considerados fornecedores, além das empresas de Dourados e de outros Estados, os proprietários de áreas rurais que firmaram contratos de parceria agrícola com a usina. Nesse caso, as pessoas arrendaram suas fazendas para o plantio da cana-de-açúcar.
O advogado Ailton Stropa Garcia, credor da São Fernando, arrendou uma pequena área para produção de cana pela usina. Segundo ele, os pagamentos estão em dia, embora reconheça que a situação não seja generalizada. Ele explicou que os credores devem constituir seus procuradores para providenciar suas habilitações ou divergências aos créditos relacionados no processo, o que deverá ser feito no prazo de 15 dias, que começa a correr após a publicação do edital. Outra providência é o imediato pedido para a convocação de uma assembleia geral para a constituição do Comitê de Credores.
Além do parque industrial com capacidade instalada de moagem de 4,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano, a São Fernando é a maior produtora de energia elétrica do Estado, por meio da cogeração pela queima da biomassa da cana. O bagaço da cana moído é capaz de alimentar dois geradores com potência acima de 100 MW/h, possibilitando atender a demanda de energia de uma cidade com aproximadamente 200 mil habitantes.