Mato Grosso do Sul precisa de mais chuva para colher as seis milhões de toneladas de soja previstas

Bolsões de seca em algumas partes do Estado ameaçam reduzir a produtividade em áreas em fase de enchimento de grãoAs lavouras de soja sul-mato-grossenses precisam receber chuvas nos próximos dias para que a produção atinja as seis milhões de toneladas estimadas pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) para 2012/2013, afirmou o presidente da entidade, Eduardo Côrrea Riedel.  De acordo com Riedel, as condições climáticas beneficiaram a soja de ciclo precoce, mas bolsões de seca em algumas partes do Estado, sobretudo no sul, ameaçam reduzir a produtividade em áreas semeadas mais

– Se não chover essa semana, esse potencial de produção vai cair bastante – comentou o presidente da Famasul.
 
Por ora, se trabalha com uma estimativa mais conservadora para colheita sul-mato-grossense, de 5,86 milhões de toneladas. Ainda assim, o volume supera em 26,5% as 4,63 milhões de toneladas produzidas em 2011/2012, conforme a Agroconsult.

– Por enquanto temos uma safra recorde de soja no horizonte e vamos a campo para ver se o que está plantado bate com esses números que projetamos atualmente – disse Fábio Meneghin, analista da consultoria.
 
Segundo ele, a rentabilidade também deve ser histórica nesta temporada. A consultoria calcula que o produtor de Chapadão do Sul (MS) receberá, em média, R$ 55,83/saca na safra 2012/2013, 8% mais que os R$ 47,92 obtidos em 2011/2012. Sem considerar despesas com arrendamento de terras, a Agroconsult projeta uma receita de R$ 1.429 para cada hectare semeado nessa região, 58% acima dos R$ 906 por hectare apurados no ciclo anterior. 
 
A adoção de novas tecnologias também tende a crescer, acrescentou o analista da Agroconsult. Levantamento realizado pela consultoria em 2011/2012 apontou traços de transgenia em 87% da área colhida no Brasil. Em Mato Grosso do Sul, o uso de sementes geneticamente modificadas chega a 95% nesta safra, revelou Riedel.