Apesar da redução 31,6% em relação aos 3.565 focos registrados em 2013, o Estado ocupa hoje o 4º lugar no ranking nacional de queimadas. Visando orientar os produtores para reduzir ainda mais as queimadas, o Senar-MS vai oferecer uma oficina sobre prevenção de queimadas durante a Dinâmica Agropecuária (Dinapec 2015), entre os dias 11 e 13 de março, na sede da Embrapa Gado Corte.
Na oficina ‘Prevenção e controle a incêndios florestais’, o instrutor Alberto Ribeiro abordará as principais causas de incêndios, que podem ser naturais ou artificiais.
– Naturais estão relacionadas a incidência de raios, principalmente na primavera e no verão. Já artificiais ocorrem com a ação humana, associada à condição climática, quando temos, por exemplo, estiagem em áreas em torno de cidade e as pessoas jogando algum material que pode originar a queimada, como cigarro acesso – explica Ribeiro.
Para o instrutor, o principal motivo da redução nas queimadas registradas no Estado se deve ao monitoramento realizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e dos Recursos Naturais Renováveis, junto ao Inpe, Brigada de Incêndio e empresas particulares. Segundo o levantamento do Inpe, os meses de maior preocupação, com maior incidência de focos, são agosto, setembro e outubro.
– A principal causa do aumento de casos neste intervalo do ano a estiagem, pois devido à baixa umidade, o risco de incêndios é maior – ressalta.
Do dia 1º de janeiro a 04 de março deste ano foram contabilizados 391 focos de fogo em Mato Grosso do Sul.
O instrutor Alberto Ribeiro destaca que os danos causados pelos incêndios florestais vão muito além da destruição da vegetação, pois impactam na fauna, empobrecem o solo, poluem o ar e trazem prejuízos financeiros aos produtores, assim como danos à saúde da população. Ribeiro destaca os cuidados que podem minimizar os prejuízos.
– Uma alternativa é criar os aceiros, ou seja, retirar parte da vegetação nas proximidades da fazenda, impedindo que o incêndio tome maiores proporções – orienta.