Matopiba deve ter produtividade 12% menor de soja após clima irregular, diz FCStone

A fase de enchimento de grãos, que mais necessita de umidade, se concentrou no mês de fevereiro, que voltou a ter clima muito seco, afirma a consultoria

Fonte: Roberta Silveira/Canal Rural

As regiões dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia que integram o Matopiba, responsáveis por mais de 10% da área plantada com soja no Brasil, foram prejudicados pela irregularidade climática relacionada ao fenômeno El Niño, apontou nesta quarta-feira, dia 23, a consultoria INTL FCStone, no relatório “Giro da Safra IV – Matopiba”. 

A consultoria estimou que a produtividade média da região ficará em 41,6 sacas por hectare, o que representaria uma queda de 12% em relação ao ano passado. Apesar de a região ter recebido um alto volume de precipitações no mês de janeiro, o clima voltou a ficar seco em fevereiro, prejudicando as lavouras plantadas mais tarde. 

“A fase de enchimento de grãos, a que mais necessita de umidade, se concentrou no mês de fevereiro, que voltou a ter clima muito seco”, destacou a coordenadora de Inteligência de Mercado da consultoria, Natalia Orlovicin, no relatório.

No Piauí, onde a produtividade estimada é menor do que nos demais estados do Matopiba e a variabilidade nos rendimentos tende a ser maior, o resultado do ciclo 2015/2016 deve ser de 37,8 sacas por hectare, em consequência do mês de fevereiro mais seco, de acordo com a consultoria. Com relação às demais praças da fronteira agrícola, os rendimentos devem variar entre 41 e 45,8 sacas por hectare, projetou a FCStone.